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terça-feira, agosto 02, 2005

Obrigado eu, eternamente 

Às vezes, quando era mais novo, e a conversa era um pouco mais séria, sobre algumas dificuldades [dificuldades???, o que serão sérias dificuldades, pergunto-me?] que se passavam em minha casa, dava comigo a fazer um esforço enorme para não chorar. À mesa do almoço domingueiro, por vezes a história surgia, sempre do meu pai, que foi sempre um pouco choramingas e masoquista. Mais forte, a minha mãe, fortalecia-nos com o seu ar um pouco mais esperançoso.
O mesmo aconteceu quando soube que os meus avôs haviam morrido. Um esforço sempre acompanhado de pensamentos mais nostálgicos, de recordações de episódios e épocas mais felizes na infância e mocidade. Hoje dou comigo ainda a fazer esse esforço, mas quando ouço os meus pais felizes porque me lembrei deles, porque simplesmente os convidei para ir ver um concerto comigo. Mas dizem estar cansados, e com demasiados problemas na cabeça, até era capaz de fazer bem, para desanuviar, mas não. Obrigado por te lembrares. Tenho pena é da mãe, que sei que ia gostar, que não tem culpa nenhuma, mas como eu não vou também não quererá ir...

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